Em nível nacional a junção partidária PT-PSB até que pode provocar grande explosão eleitoral, mas, aqui na terrinha, não estronda nada mais que uma daquelas antigas bombinhas juninas, mais precisamente um traque metido a besta conhecido como barbante-cheiroso e também apelidado de peido-de-véia.

Pelo menos é isso o que ficou posto com a nanica reunião da semana passada, em Aracaju, na qual o deputado federal Valadares Filho foi reeleito presidente do partido socialista, com pouca gente na sala e poucas expressões políticas de ambos os partidos nas cadeiras.

A maioria dos presentes era eleitoralmente inexpressiva, mas o senador Rogério Carvalho, candidato do PT ao governo, se esgoelou e se exibiu - como se estivesse em um grande evento político - no estilo teatral que sempre sugere a sua eficiente mídia digital.

Desgastado em seu próprio partido por conta de algumas peripécias em Brasília, Rogério não conseguiu sequer levar ao encontro socialista as estrelas locais do PT.

A maior celebridade do PSB, o ex-senador Valadares, também nem lá estava.

A pré-campanha do petista ao governo do estado, mesmo nadando em condições financeiras, estruturais e propagandísticas, já começa a dar com os burros n’agua.

São poucas as lideranças políticas estaduais que ainda estão levando a coisa a sério.

A essa altura dos acontecimentos duas alternativas restam à dupla dinâmica PT-PSB:

A primeira seria alterar a ordem dos fatores melhorando o produto, ao colocar um pessedista, o ex-senador Antônio Carlos Valadares, como candidato a governador, no lugar de Rogério, escalar um petista qualquer de vice e, assim, tentar mudar o atual cenário, revigorar as bases, elevar a moral e dar mais densidade eleitoral ao projeto.

A segunda alternativa, essa até parece estar em andamento, seria sugerir juízo ao senador Rogério Carvalho para que ele recolhesse os flaps, baixasse o trem de pouso e pegasse de volta uma carona no bonde governista que está rodando nos trilhos a todo vapor, sob o comando do agora revigorado e ainda mais empoderado maquinista Belivaldo.

Fala-se aí numa nova chapa praticamente imbatível com Ulices Andrade candidato a governador, Eliane Aquino candidata a senadora e Danusa Nogueira, esposa de Edivaldo, candidata a vice-governadora.
O vice também poderia ser o deputado Luciano Bispo.

O próprio ex-presidente Lula, por motivos óbvios, adoraria uma composição dessa.

Rogério ficaria lá em cima cuidando das relações institucionais (top secret) do PT e a tropa mais preparada do grupo idealizado por Marcelo Deda estaria aqui embaixo, para o bem de todos, construindo uma nova gestão pública desenvolvimentista, politicamente confiável, ética, responsável e socialmente justa.

Ok, é isso.

Vamos em frente que atrás vem gente.

*Pedro Valadares, Jornalista