Ataques de Israel a Gaza: número de mortos ultrapassa 35 mil

Publicado em 12/05/2024 as 13:04

O número de mortos no sétimo mês da ofensiva militar israelense na Faixa de Gaza ultrapassou os 35 mil, segundo dados do Ministério da Saúde palestino.

No total, são 35.034 pessoas mortas, incluindo 15 mil crianças. O número de feridos chega a 78.755. As forças israelenses mataram dezenas de civis nas últimas horas em Gaza. Pelo menos 45 corpos chegaram ao Hospital Al-Aqsa, em Deir el-Balah, relata Tareq Abu Azzoum, da Al Jazeera.

Na semana passada, Israel emitiu ordens de evacuação para as pessoas no leste da cidade de Rafah, ordenando que se deslocassem para oeste, em direção ao acampamento de al-Mawasi. Nos últimos sete meses, o Estado israelense emitiu repetidamente ordens de evacuação para os palestinos em quase toda Gaza.

Em comunicado emitido neste domingo (12), o alto-comissário da ONU para Direitos Humanos, Volker Turk, afirmou que um ataque israelense em grande escala à cidade de Rafah “não pode acontecer”.

Não consigo ver como as últimas ordens de evacuação, muito menos um ataque total, em uma área com uma presença extremamente densa de civis, possam ser conciliadas com os requisitos vinculativos do direito humanitário internacional e com os dois conjuntos de medidas provisórias vinculativas ordenadas pelo Tribunal Internacional de Justiça”, apontou.

Isolamento internacional de Israel

O chanceler alemão Olaf Scholz alertou Israel contra a expansão das suas operações militares para Rafah. "Consideramos uma ofensiva contra Rafah… irresponsável", disse Scholz ao participar de um talk show em Berlim. Ele afirmou não acreditar que o ataque "aconteça sem perdas humanas incríveis em termos de civis inocentes".

A Alemanha tem sido uma aliada quase incondicional de Israel e, em 2023, cerca de 30% das compras de equipamento militar israelense vieram do país europeu.

Diante da escalada da agressão israelense, o Egito anunciou que vai aderir formalmente à ação movida pela África do Sul contra Israel no Tribunal Internacional de Justiça, que acusa o país de violar as suas obrigações ao abrigo da Convenção do Genocídio na Faixa de Gaza.

O ministério egípcio dos Negócios Estrangeiros justifica a decisão tomada "à luz do agravamento da severidade e da abrangência dos ataques israelenses contra civis palestinos na Faixa de Gaza e da perpetração continuada de práticas sistemáticas contra o povo palestino, incluindo o ataque direto a civis e a destruição de infraestruturas na Faixa de Gaza, e a pressão para a fuga dos palestinos".