Professora é agredida de forma violenta por policiais em protesto pró-Palestina nos EUA

Publicado em 26/04/2024 as 15:40

A detenção de Fohlin pela Polícia de Emory, juntamente com outros manifestantes foi confirmada por veículos locais. Em nota, a administração da Universidade Emory se referiu aos manifestantes como “invasores”.

Antes de sua posição atual na Emory University, Fohlin lecionou na Universidade John Hopkins e no Instituto de Tecnologia da Califórnia. Esta foi supostamente a intervenção mais violenta até o momento, com o uso de gás lacrimogêneo e balas de borracha contra os manifestantes pela primeira vez desde o início dos protestos na Universidade de Columbia, em 17 de abril. Os protestos já foram a pelo menos 17 universidades, incluindo a Emory.

Estudante brasileiro da Columbia University fala à Fórum
Daniel Calarco, que atua como presidente do Observatório Internacional da Juventude (OIJ) e é reconhecido como Obama Scholar na Universidade de Columbia, está atualmente como aluno visitante na instituição. Ele tem estado atento às manifestações estudantis em grande escala que estão ocorrendo nos EUA, não apenas na Universidade de Columbia, mas também em outras prestigiosas universidades como Yale e Harvard.

Em entrevista à Fórum, Calarco afirmou que os protestos fizeram com que todas as atividades acadêmicas na Universidade de Columbia fossem transferidas para o ambiente online e o acesso ao campus passou a ser restrito aos alunos que possuem carteirinhas de identificação ativas. Segundo o aluno visitante, a polícia marca presença constante no interior da universidade, criando um ambiente hostil.

"A tensão é palpável, com a presença constante da polícia e um clima de hostilidade que afeta todos os envolvidos. O Boicote Acadêmico e Cultural é um movimento significativo que ganhou forma com mais de mil assinaturas de professores, estudantes e membros da comunidade universitária, exigindo um boicote acadêmico e cultural à Israel. O protesto responde diretamente à gestão dos investimentos financeiros da universidade que, supostamente, apoia ações consideradas por eles como genocídio em Gaza e na Cisjordânia, além da repressão violenta aos protestos estudantis no próprio campus", detalha Calarco.Quem é Caroline Fohlin
Fohlin é professora da Faculdade de Artes e Ciências da Emory University desde 2017, de acordo com seu perfil no LinkedIn. Ela é ex-aluna da Universidade da Califórnia, Berkeley, onde os protestos continuam apesar da prisão de 93 manifestantes na quarta-feira. Segundo o perfil de Caroline Fohlin no LinkedIn, ela é graduada em Matemática e Economia Quantitativa pela Tufts University, localizada em Medford, Massachusetts. Posteriormente, Fohlin obteve seu doutorado em Economia pela UC Berkeley em 1994.