Renan Calheiros ironiza ação de Flávio Bolsonaro contra ele: 'No Brasil, até milícia denuncia'
Relator da CPI do Genocídio, Renan Calheiros (MDB-AL) ironizou a representação de Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) que pede à Procuradoria-Geral da República (PGR) abertura de investigação contra o senador medebista por “perseguição” e abuso de autoridade.
“A democracia tem contornos às vezes de ficção. Até mesmo quem foge dos promotores há anos sistematicamente pode ir à sede do Ministério Público Federal. No Brasil, até a milícia denuncia”, tuitou Renan na manhã desta quarta-feira (21).
— Renan Calheiros (@renancalheiros)
Na representação, o filho ’01’ de Jair Bolsonaro acusa Renan de ser “ressentido”, promover “assédio” e agir “ilicitamente” com motivação “vil” e de “vingança”.
“O representado (Renan) designou um grupo de pessoas com a incumbência de investigar — paralelamente aos atos da própria Comissão Parlamentar de Inquérito — a atuação profissional, social e pessoal do representante (Flávio)”, diz a peça jurídica.
Segundo Flávio, o colega de CPI cometeu o crime de stalking, aprovado pelo Congresso e sancionado por Jair Bolsonaro em abril.
O crime prevê prisão de seis meses a dois anos por “perseguir alguém, reiteradamente e por qualquer meio, ameaçando-lhe a integridade física ou psicológica, restringindo-lhe a capacidade de locomoção ou, de qualquer forma, invadindo ou perturbando sua esfera de liberdade ou privacidade”.
*Revista Fórum