O presidente Jair Bolsonaro voltou a contrariar recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS). Em compromisso que não constava de sua agenda, Bolsonaro viajou para Goiânia, onde visitou o Comando de Operações Especiais do Exército Brasileiro. A aeronave fez uma parada no município de Abadiânia, a cerca de 100 de Brasília, onde provocou aglomeração em uma lanchonete à beira da rodovia.

Na viagem, Bolsonaro cumprimentou e abraçou pessoas sem usar máscara. De acordo com a OMS, o uso de máscara e o isolamento social são fundamentais para evitar a propagação da covid-19. A orientação, no entanto, tem sido desrespeitada sistematicamente pelo presidente.

Acompanhado do líder do governo na Câmara, Major Vitor Hugo (PSL-GO), entre outras pessoas, Bolsonaro não teve a companhia do governador Ronaldo Caiado (DEM), seu ex-aliado. Goiás foi um dos primeiros estados a fechar o comércio por causa da pandemia.

Médico e um dos responsáveis pela indicação do ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, o governador goiano é um dos principais defensores do distanciamento social como medida preventiva. Caiado estava inaugurando um hospital de campanha no interior do estado. Ele combate o discurso do presidente de minimizar a doença, que matou quase 30 mil pessoas no país.

No comando militar em Goiânia, Bolsonaro fez uma live de 21 minutos. Deputado por Goiás, o líder do governo na Câmara, Major Vitor Hugo (PSL) publicou no Twitter uma foto ao lado do presidente e do ministro de Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas. Segundo Vitor Hugo, Bolsonaro parou em Abadiânia para conversar com a população. Na foto nenhum deles usava máscara.

Ao ser saudado pelos militares em Goiânia, Bolsonaro também não fez uso de máscara, publicado no Twitter do líder do governo na Câmara.

*Congresso em Foco