Funcionários do Google são presos em protesto contra genocídio em Gaza

Publicado em 17/04/2024 as 20:22

Nesta terça-feira (16), a polícia prendeu nove funcionários do Google nos escritórios da gigante de tecnologia em Nova York e Sunnyvale, Califórnia, depois que eles ocuparam o edifício em protesto contra o acordo bilionário da big tech com o governo de Israel.

A principal exigência dos manifestantes era o cancelamento do contrato de US$ 1,2 bilhão da Google com Tel Aviv. O projeto Nimbus inclui serviços de armazenamento em nuvem e aprendizado de máquina.

Entre os detidos, estavam engenheiros de software e outros funcionários do grupo, chamado No Tech for Apartheid. A ideia era pressionar o CEO do Google Cloud, Thomas Kurian, em Sunnyvale.

Bailey Tomson, porta-voz do Google, disse: "Impedir fisicamente o trabalho de outros funcionários e impedi-los de acessar nossas instalações é uma clara violação de nossas políticas, e investigaremos e tomaremos medidas."

"Esses funcionários foram colocados em licença administrativa, e o acesso deles aos nossos sistemas foi cortado. Após recusarem múltiplos pedidos para deixar o local, as autoridades foram acionadas para removê-los e garantir a segurança do escritório", completou.

Em março, o Google um engenheiro de software que denunciou o contrato do Projeto Nimbus em uma audiência da empresa em Israel. Segundo a denúncia do funcionário, o Google seria cúmplice no genocídio em Gaza.

O No Tech for Apartheid exige que "as empresas cancelem imediatamente o Projeto Nimbus e acabem com sua cumplicidade nos crimes de guerra de Israel."