A rede social X (antigo Twitter), do bilionário Elon Musk, retirou o Brasil da lista de países em que permite anúncios políticos na plataforma. A medida foi tomada nesta sexta-feira (3), após o prazo para as plataformas se adequarem às novas regras do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) chegar ao fim.

Em abril, o Google também vetou impulsionamento político na sua plataforma Google Ads, o que afeta o Youtube, para as eleições de 2024. A justificativa do Google para vetar, ao invés de se ajustar às novas regras, é que a nova legislação é muito ampla.

A medida tomada pelo X também ocorre semanas após o embate entre Musk e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O bilionário proferiu uma série de ataques à democracia e à legislação brasileiras, ameaçando descumprir ordens judiciais do ministro.

De acordo com as novas regras eleitorais do TSE, as plataformas digitais devem oferecer um repositório de anúncios, atualizado em tempo real, com o conteúdo, valores, responsáveis pelos pagamentos e características dos grupos populacionais que compõem a audiência (perfilamento) da publicidade contratada.

Além disso, as redes também devem disponibilizar uma ferramenta de consulta "acessível e de fácil manejo, que permita realizar busca avançada nos dados do repositório" a partir, por exemplo, de palavras-chave e nome dos anunciantes.