A misteriosa onda de mortes de pets por envenenamento que atingiu até ator da Globo

Publicado em 11/06/2024 as 08:49

A Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) da Polícia Civil do Rio de Janeiro investiga uma misteriosa onda de mortes de pets no bairro Jardim Oceânico, localizado na zona oeste da capital fluminense. Foram cerca de 40 cães nas últimas semanas que receberam atendimento veterinário na região por conta de sintomas de envenenamento. Sete desses animais morreram por conta dos problemas apresentados.

O ator Cauã Reymond, da Globo, foi uma das vítimas. Ele publicou nas redes sociais na última sexta-feira (7) que dois dos seus cães tinham sido envenenados. Um deles, chamado Romeu, acabou indo a óbito.

Cerca de um mês antes, a moradora Juliana Salinas foi a primeira tutora a perder seu cão por conta da onda de envenenamentos. Mel, sua cadela, tinha 11 anos, quando veio a óbito.

A tutora esteve na Cidade da Polícia, na zona norte da cidade, nesta segunda-feira (10) para prestar seu depoimento aos investigadores, que convocaram três tutores de pets que registraram queixas relativas a envenenamento na região.

À polícia, Juliana deu detalhes de como se deu a perda de Mel. Ela contou que chegou um determinado dia em que a cachorra não levantava da cama e não reagia aos estímulos dos tutores, ou mesmo à comida. Ela então foi levada a um veterinário que diagnosticou uma gastrite grave com hemorragia e pancreatite, precisando ficar internada. A cadela ficou duas noites no hospital veterinário antes de morrer.

Juliana então descobriu que outros três cães morreram sob circunstâncias muito semelhantes e começou a divulgar os casos. A veterinária da Mel entrou na conversa e disse que a cada dia aparecia um novo caso com os mesmos sintomas. Foi aí que os tutores levaram a onda misteriosa de mortes de pets para a Polícia Civil.

A principal hipótese dos investigadores é de que algum pesticida ou veneno tenha causado os falecimentos dos animais. As principais suspeitas é de que tenham sido espalhados nos canteiros ou condomínios da região com o objetivo de matar ratos, baratas e outras pragas. Mas como uma espécie de “agrotóxico urbano”, teria se espalhado para além dos limites e finalidade iniciais, atingindo terceiros.

O vereador Marcos Paulo (PT-RJ), presidente da Comissão Especial de Saúde Animal da Câmara Municipal do Rio, reiterou a hipótese de que o veneno tenha sido espalhado nas calçadas e condomínios e ensaiou uma segunda.

A polícia ainda investiga os casos e as hipóteses levantadas. O que há de concreto é que no último sábado (8) a Comlurb (Companhia de Limpeza Urbana) fez uma verdadeira operação no bairro com o objetivo de eliminar qualquer vestígio do veneno que possa ter matado os animais.