Eita sujeira imunda!
Aqui, na minha vidinha distante, mas sempre de olho no que acontece em Aracaju pelas redes, venho observando essa campanha para prefeito. Como diria meu bisavô lá de Itabaiana: “Eita sujeira imunda!” O que se vê é um festival de candidatos que, até o momento, não disseram a que vieram. Não sabem o que é administração pública, e isso fica claro na falta de propostas concretas e reais para resolver os problemas da população. No lugar disso, preferem a tática mais velha da política suja: desmoralizar o concorrente.
Os que mais fazem isso, claro, são aqueles que já têm rabo preso. Com processos, condenações e até prisões decretadas, tentam de tudo para jogar a sujeira no tapete do vizinho. A ousadia é descomunal! Num país onde o presidente da Câmara dos Deputados Federal tem mandato de prisão, quem de fato tem moral para apontar o dedo? Por aqui, vemos senador eleito sendo denunciado por roubo na saúde, pai de candidato com prisão decretada, salvo apenas por acordos escusos de bastidores. Outros usam o mandato como uma máquina de extorsão, recolhendo salários de colaboradores para engordar suas caixinhas de campanha. E tem até quem se junte à maior quadrilha que já pisou no estado, responsável por quebrar um banco e destruir a reputação de um dos políticos mais importantes que Sergipe já teve.
É revoltante ver esses candidatos, com fichas sujas, ainda disputando o poder. É por isso que decidi: vou a Aracaju para votar. E vou votar em quem nunca foi um político profissional, em quem é um administrador e gestor público comprovado. Luiz Roberto pode até ter seus defeitos, como qualquer ser humano, mas nunca foi condenado, preso, nem pego com dinheiro ilegal no carro. Vou depositar minha esperança na continuidade de uma gestão que avançou e ninguém pode dizer o contrário. Não vou me deixar enganar por esses “anjinhos barrocos” de fachada, ou pelas mentiras que cada um conta, principalmente sobre os outros.
Infelizmente, a preguiça domina parte do nosso povo. Poucos se dão ao trabalho de pesquisar, de verificar o histórico desses políticos. As sujeiras estão todas expostas — basta querer ver o que eles fazem na vida política, pois na privada a porta está sempre fechada.
Miguel Lins, professor