A Torre é branca

Publicado em 25/09/2024 as 11:53
Fábio Mitidieri, Luís Roberto e Edivaldo Nogueira

Ela sempre esteve lá. Muito alva, luminosa, irremovível, resistente ao tempo. A velha sempre nova Torre, o edifício de Babel, uma confusão de linguagens e interesses, movidos por um simples papel, o equivalente geral. Entre tapas, beijos e mordidas, eles sempre estão juntos.

Segundo o filosofo da Serra, o sábio Zé do Mercado, a luz da alvura, quando alveja o prisma do conhecimento, se decompõe em um arco-íris multicor, partindo das três cores básicas, o vermelho, o verde e o azul, gerando inúmeras variações de cores. O problema, segundo o filósofo ceboleiro, são as cores invisíveis, aquelas não captadas por olhos comuns, ou segundo a metáfora dele, por uma cognição mediana.

Existem populares que se referem a esse aglomerado de pessoas, como políticos que navegam na nau da insensatez - insensatez para o povo, é claro. Já outras tantas, falam de um tal sistemão, organização que existe para nada mudar, e para seus integrantes, as benesses do dim-dim público, versão que usa a candidata Emília - que não é a boneca de pano do sítio do Pica-pau amarelo -, para atacar os membros da fraternidade branca, que, mudando-se para outro sistemão, foi possuída temporariamente pela síndrome de Alzheimer, esquecendo-se das suas origens.

Observam algumas pessoas que esses templários da brancura alva nem sempre são amistosos entre si. Como exemplo citam o fato que o menino Vavazinho, em outras campanhas eleitorais, denominava o atual Prefeito e supostamente líder da fraternidade, com adjetivos nada lisonjeiros, tais como Zabumbeiro das Alagoas, o Foguinho das construtoras, e como Edvaldo Botox, aquele que maquia as profundas rugas da cidade. Por seu turno, Edvado e sua turma, não poupava o menino Vavazinho, chamado-o de pintor de rodapé, tamborete de amarrar jegue, um preguiçoso que nunca trabalhou, segundo um vídeo publicado na net, onde o comediante Jackson Barreto, com voz afetada, manda o garotinho trabalhar, chamando-o de vagabundo.

Observam outro populares que o candidato Luiz é uma boa pessoa, neto do expedicionário Capitão Juca, pessoa que era primo e amigo do meu pai e um grande amigo do intelectual de esquerda, o professor Franco Freire. Esse escrevente, recorda-se de Capitão Juca com muita ternura e admiração, e possivelmente, Luiz sendo seu neto, bom caráter deve ser. Entretanto, quem são suas companhias? Para começar com o chefe Edvaldo - para muitos, subserviente da empresa do Senador e pastor, o sr. Laércio Oliveira; da empresa de limpeza Torre, sempre acusada de corrupção e financiadora das campanhas dele; e das construtoras, organizadas em fraterna comunhão por sua esposa Danusa Silva, proprietária da Cosil. Acrescentando alguns que o sr. Edvaldo usa a campanha do candidato Luiz para se promover, com o único objetivo de ser candidato a senador daqui a dois anos. Segundo o atual prefeito, sua administração supera a todos os administradores, inclusive aqueles que o colocaram como prefeito em vários momentos, uma vez que, segundo as línguas venenosas, o Zabumbeiro nunca teve votos para ser chefe de uma arraial de forró, e o que sempre fez foi maquiar a cidade com enfeites cosméticos, calçamento de asfaltos precários e muito caros, esquecendo-se da saúde e educação do aracajuano.

Segundo línguas agudas, o politico e empreiteiro da construção civil - casado com peixe, peixinho é -, construiu um saco de gatos, que mesmo entre gritos do cio e arranhões, existe a promessa de uma mesa farta de peixes. Um milagre da multiplicação do peixes ou uma pescaria comprada com o dinheiro público? Bom, o certo é que existem gatos muito diferenciados, mas nos telhados da noite todos eles são pardos. E segundo ainda afirmas essas línguas, gatos, gatinhas, gatões e gatunos é o que não falta.

No entanto, para alguns eleitores que cultivam o evangelismo, o fato preocupante é a existência do sr. Fabiano Oliveira como candidato a vice-prefeito, apontado e negociado pelo pastor, político e empresário Laércio Oliveira, que, segundo as alas mais radicais do evangelismo, ao colocar o sr. Fabiano na chapa de Luiz, o pastor Laércio deu as mãos ao Demo. Não é somente o fato do sr. Fabiano ser acusado de usar o dinheiro publico, como as famosas emendas para o Précaju patrocinadas por Vavazão, Vavazinho e Albano Franco - o que lhe rendeu investigações que encontram-se paralisadas -, que preocupa os radicais evangélicos são as inúmeras atividades do festeiro Fabiano, muitas delas consideradas impróprias para o consumo de uma família cristã, como, por exemplo, a existência das famosas Fabinetes, meninas e meninos produzidas com operações plásticas por um grande médico operador, pago pelo sr. Oliveira. Dizem os radicais - embora esse escrevente não concorde -, que se o sr. Fabiano tiver algum poder em uma imaginada administração de Luiz, Aracaju será uma boite a céu aberto.

Assim, caro primo distante, pessoalmente lhe desejo sorte nessa difícil empreitada de convencer aos eleitores que será um prefeito independente, vacinado contra os miados dos gatos e gatunos pardos.

*Ivan Bezerra de Sant’ Anna, advogado