Reforçar a importância de ter boas práticas na manipulação de alimentos. Com esse objetivo, a diretoria de Segurança Alimentar e Nutricional de Aracaju, departamento vinculado à Secretaria Municipal da Assistência Social, realizou nesta quarta-feira, 12, uma capacitação sobre boas práticas de manipulação de alimentos direcionadas às cozinheiras de abrigos e lar de idosos da capital, profissionais essenciais na manutenção da segurança alimentar.


De acordo com a nutricionista da Diretoria de Segurança Alimentar, Tatiana Canuto, a capacitação busca reforçar a necessidade de manipular os alimentos adequadamente. “A gente tem uma perspectiva de fazer essa capacitação a cada seis meses porque quando a gente fala de segurança alimentar e nutricional a gente fala de um direito a alimentos em quantidade e qualidade suficientes. A gente pensa que quer ofertar o melhor para os nossos usuários que estão sendo atendidos dentro da Assistência. Se você tem uma capacitação que mostra que se não houver as boas práticas, a gente corre o risco de doenças afetarem os usuários, a gente consegue atingir o objetivo que é promover segurança alimentar e nutricional”, disse.

Segundo Tatiana Canuto, na capacitação é destacada a importância da manipulação correta dos alimentos e os riscos caso ela não ocorra. A ideia é que as profissionais entendam que o uso de boas práticas reflete em um alimento saudável e seguro. “Eu mostro o que são micro-organismos, mostro notícias de intoxicação alimentar que aconteceu porque alguém não teve esse cuidado com as boas práticas de alimentação. Quando você oferta que não teve o cuidado no momento da manipulação ele pode ter diversas doenças e pode levar até a morte. Imagine se um usuário adquire uma intoxicação alimentar por conta de algo que poderia ter sido evitado com boas práticas, por ter higienizado bens as mãos, por ter utilizado um utensílio em um local e depois em outro. Tudo isso é passado nessa capacitação”, pontuou.

Ainda segundo a nutricionista Tatiana Canuto, esse momento é muito importante, apesar da dificuldade de reunir todas as cozinheiras em um único momento por conta da dinâmica de cada abrigo e das casas lares. “Eu vou fazendo em cada espaço essa capacitação, sempre despertando nelas a vontade de aprender. É uma educação continuada e permanente. Eu já fiz esse momento com elas, mas os dias vão passando e algumas coisas vão sendo esquecidas. Vai caindo na rotina e a gente tem que fazer o melhor da forma correta. Falo sobre a utilização de touca, não utilizar brincos, relógios, pego sempre no pé. No momento do monitoramento eu estou sempre observando isso ou se elas esqueceram”, explicou.

Olhares atentos


A cozinheira do abrigo Caçula Barreto, Maria Rosanaide Santos , observava atenta as orientações passadas pela nutricionista. Ela já havia participado da capacitação anteriormente e avalia como fundamental esse tipo iniciativa. “A primeira coisa que eu faço quando chego na cozinha é guardar minha bolsa, lavar minhas mãos, tirar brincos, relógio, botar a touca e o avental. Tudo pra mim é uma aprendizagem, eu aprendi muita coisa depois que eu comecei a trabalhar no Caçula”, contou.

Segundo Maria Rosanaide, todos os alimentos são preparados seguindo as orientações da nutricionista. “Eu me preocupo muito com a alimentação deles. Seguimos o cardápio direitinho. Sempre tenho o controle de olhar o que eu vou fazer e seguir pra eles. A gente faz tudo naquele momento, nada é serviço de um dia pro outro. Tudo é servido na mesma hora”, citou.

Colaboradora da Casa Lar para idosos Nalde Barbosa Barreto, Ana Cícera Dos Santos disse que tudo que tem aprendido está sendo seguido e além dos muros da casa lar. Coisas que eu não sabia hoje em dia eu sei. E eu já ensino a minhas filhas, meus filhos, como faz, como guardar na geladeira. É muito bom”, declarou.