Governo do Estado convoca novos agentes da Polícia Civil

Publicado em 24/05/2018 as 09:30

O governador Belivaldo Chagas participou, na manhã desta quarta-feira (23), de coletiva de imprensa, realizada pela Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP), para detalhar a desarticulação da organização criminosa responsável pelo homicídio do capitão PM Oliveira. Na ocasião, o chefe do Executivo estadual anunciou a convocação de mais 15 agentes concursados da Polícia Civil e formados pela Academia de Polícia Civil de Sergipe (Acadepol).

Com o decreto assinado hoje, já são 65 policiais civis convocados desde quando Belivaldo assumiu o governo. “Convocamos 50 agentes no mês de abril, logo quando assumi o governo. Hoje, atendendo a solicitação do secretário João Eloy e da delegada-geral, Katarina Feitoza, estamos convocando mais 15 agentes da Polícia Civil. No decorrer do mês de junho, a expectativa é que convoquemos mais 35, para que a gente feche um total de 100, pois há uma necessidade real para isso. Recentemente, também anunciamos o concurso da Polícia Militar. O que queremos com isso é ajudar o trabalho da Segurança Pública. Precisamos reforçar a área de inteligência e investigação. Temos policiais mais experientes que estão trabalhando no interior, pretendemos trazer uma parte desse pessoal para atuação nos departamentos de inteligência e investigação na capital, claro que não todos, e direcionar os novos agentes para o interior”, disse o governador.

Segundo Belivaldo, a intenção é fazer o esforço possível para poder oferecer melhores condições de trabalho aos profissionais de segurança, não só com relação às convocações, mas também com a aquisição de novos equipamentos para área. “Estamos, agora, encaminhando um projeto ao governo federal para aquisição de armamentos, equipamentos de proteção para os policiais, equipamentos na área de inteligência, mais viaturas, dentre outros, para que a gente possa fazer um trabalho mais forte com o objetivo de deixar a população cada vez mais tranquila com relação a segurança no estado de Sergipe. Este projeto será apresentado ao governo federal por conta de uma abertura que foi dada pelo Ministério da Segurança Pública, para que possamos ter uma linha de crédito junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), para reforçar a segurança pública e adquirir equipamentos da área de segurança e tecnologia”, explicou.

Para Katarina Feitoza, a convocação dos novos agentes é importante para aperfeiçoar os trabalhos desenvolvidos pela Polícia Civil de Sergipe. “Ainda há mais excedentes a serem chamados e há um compromisso do governo do Estado em nomear todos, mas, paulatinamente, a depender das possibilidades econômicas do estado. Essa convocação de hoje é fundamental para reforçar nosso plano de segurança, pois a gente precisa readequar e realinhar os nossos quadros da Polícia Civil para melhorar o policiamento no interior do estado e o combate aos crimes de tráfico e homicídio. A Delegacia Metropolitana também está precisando de mais policiais, então essas convocações são muito importante”, afirmou.

Operação Rubicão

A Polícia Civil do Estado de Sergipe, por meio do Complexo de Operações Policiais Especiais (Cope), deflagrou na última sexta-feira (19), Operação Rubicão, para cumprir dez mandados de prisão relacionados ao crime que vitimou o comandante da Companhia Independente de Operações Policiais em Área de Caatinga (Ciopac), capitão Manoel Alves de Oliveira Santos, 42 anos, no dia 04 de abril de 2018.

Na coletiva desta manhã, o governador informou que fez questão de estar ao lado de todos que fazem a SSP para enfatizar o seu apoio aos profissionais da Segurança Pública de Sergipe. “Este crime foi uma afronta a nossa sociedade e precisamos dar uma resposta a todos que aguardavam essa elucidação”.

Belivaldo elogiou o trabalho realizado pelas polícias Civil, Militar, Perícia Criminal do Estado e todos os técnicos da SSP. “O mais importante é que estamos fazendo segurança pública de forma integrada, sem vaidades. O que importa é o resultado. E o resultado de hoje é fruto do trabalho de todos que fazem a Segurança Pública em Sergipe. Em homenagem a todos que fazem a Segurança Pública, fizemos mais um esforço e convocamos mais estes 15 agentes da Polícia Civil hoje. Tenham certeza do meu apoio a todos vocês e parabéns a todos”.

O comandante-geral da Polícia Militar, Marcony Cabral, destacou que os investimentos feitos pelo governo na segurança foram fundamentais para elucidação do crime. “Essa elucidação é fruto dos esforços de todos da área. E também demonstra a importância dos investimentos que o Estado fez na Perícia. Temos hoje uma perícia de qualidade. A união das forças policiais da SSP também foi outro ponto essencial. Assim como as cobranças que o governador fez a todos nós de uma investigação rápida na resolução deste crime”.

As investigações esclareceram que a motivação para o crime ocorreu devido ao trabalho de repressão que vinha sendo realizado pelo capitão Oliveira, que no ano de 2017, durante ações da Caatinga, alvejou dois homens acusados de crime de pistolagem.

A Operação Rubicão contou com a participação de equipes da Polícia Civil, entre elas, agentes e delegados do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), como também da Divisão de Inteligência (Dipol) e da Coordenadoria de Polícia Civil do Interior (Copci). Em relação ao efetivo da Polícia Militar, participaram dos trabalhos integrantes da Companhia Independente de Operações Policiais em Área de Caatinga (Ciopac), Comando de Operações Especiais (COE) e 11º Batalhão de Polícia Militar (11º BPM).

Também participaram Companhia Independente de Policiamento Especializado - Cerrado (Cipe/Cerrado) e a Companhia Independente de Policiamento Especializado - Caatinga (Cipe/Caatinga), unidades da Polícia Militar da Bahia.

Por que Rubicão?

O nome da operação faz referência a um rio italiano que não poderia ser atravessado pelas tropas romanas por conta de uma lei, mas, ao ser afrontado, Júlio César decide fazê-lo e sua ação culmina numa guerra civil. A expressão "atravessar o Rubicão" significa a tomada de uma decisão perigosa, pensar grande, ou ainda, ultrapassar fronteiras, defrontando-se com um caminho duvidoso e potencialmente perigoso.