Quinta Instrumental oferece música de qualidade a aracajuanos e turistas

Publicado em 19/05/2019 as 14:21

Considerada a primeira arte, a música tem sido bastante reverberada em Aracaju. Todas as quintas-feiras é dia de Quinta Instrumental e a população aracajuana tem um encontro marcado com a música de qualidade, oferecida gratuitamente. O projeto, que começou com o propósito de ocupar o centro histórico da capital sergipana com as diversas linguagens das artes, se transformou em uma referência musical na capital que atrai moradores e turistas.

O programa é uma iniciativa da Prefeitura de Aracaju, por meio da Fundação Cultural Cidade de Aracaju (Funcaju), com base no Planejamento Estratégico que objetiva a construção de uma cidade mais humana, inteligente e criativa, e com cultura para todos. O programa está na sua terceira temporada e é uma das prioridades da atual gestão, que o implantou já em agosto de 2017 com o objetivo de consolidar a identidade cultural aracajuana, reafirmar o sentimento de pertença e elevar a auto-estima da população por meio da música. Este ano, as apresentações serão uma vez por mês a cada quinta-feira.

É sempre às 19h que cantores regionais e nacionais se apresentam na praça General Valadão. É lá que os ritmos se misturam e ajudam na formação de uma identidade cultural cada vez mais original e sergipana. Segundo o presidente da Funcaju, Cássio Murillo Costa, “há uma mistura de ritmos diferentes, como os elementos rurais (os folguedos) com os elementos da área urbana, como a dança de rua”.

Essa miscelânea de sons democratiza o acesso aos bens culturais a partir do oferecimento de um conteúdo musical diferente do que é propagado atualmente pela indústria cultural. “Vivemos um momento de efervescência porque as pessoas frequentam a praça cada vez mais”, avalia Cássio Murillo.

Reconhecimento e seleção de artistas

A satisfação e reconhecimento da população é o principal resultado obtido nessas três temporadas do projeto Quinta Instrumental. “Ouvi depoimentos de jovens emocionados que foram a shows e se encantaram com os artistas”, destaca o presidente da Funcaju.

A escolha dos artistas é realizada a partir de um edital de seleção divulgado no site da Prefeitura de Aracaju. As inscrições podem ser realizadas no Mapa Cultural de Aracaju, uma plataforma digital criada para o cadastro de todos os produtores culturais da cidade. Os artistas devem preferencialmente residir em Sergipe, ter proficiência artística e atender às seguintes exigências: repertório e virtuosismo musicais, história e tecnicalidade. As inscrições deste ano começaram em fevereiro e os nomes dos artistas selecionados foram divulgados no dia 12 de março para a terceira temporada que terá nove edições.

Apresentações

O primeiro músico a se apresentar no projeto Quinta Instrumental foi o guitarrista pernambucano Fred Andrade que elogiou o projeto e declarou, na época, estar “honrado em ser o primeiro artista a participar do evento”. Seu repertório, rigorosamente selecionado, ajudou a lotar o Teatro João Costa, local inicial de apresentação, na noite de 10 de agosto de 2017 e garantir, portanto, sucesso de público já na edição inaugural. De lá para cá mais de cem artistas já passaram pelo projeto. Em 2017 foram 26 edições e, em 2018, 22.

Neste ano, no último dia 25 de abril, o grupo sergipano Brasileiríssimo abriu o show com um dos gêneros musicais mais genuínos e populares do Brasil: o choro. Com seu bandolim de 10 cordas, com seu estilo único e com o “coração na ponta dos dedos”, o cantor e compositor carioca Hamilton de Holanda também participou. “Ter trazido Hamilton, um artista que consegue fundir vários gêneros, possibilita reinventar o nosso chorinho e dá uma roupagem contemporânea ao nosso ritmo. É justamente esse o propósito do Quinta Instrumental, humanizar a cidade pelo viés da cultura”, destaca Cássio Murilo.