O senador Alessandro Vieira (PSDB), pré-candidato a governador, desfilou esses dias, em Sergipe, ao lado de sua ela colega senadora Simone Tebet (MDB), pré-candidata a presidente da república, fazendo relativo sucesso por onde passou.

Alessandro, com cerca de 12 por cento de intenção de votos nas pesquisas, tem muito mais chances de se transformar numa competitiva terceira via para governador, do que Simone se firmar como forte candidata a presidente com os seus insignificantes 2 por cento nos “ibopes” da vida.

O grande motor da candidatura do senador Alessandro, por incrível que pareça, tem sido acelerado por seus próprios adversários.

Fábio torce discretamente e Rogério age objetivamente nas sombras para que a candidatura de Valmir seja sumariamente destruída, isto é, vá logo pro beleléu.

Valmir foi atropelado e agora, inconsolável, chora pelos cantos e responsabiliza aos dois, principalmente a Rogério, por sua derrota no TSE.

Com graves crises internas no PT, inclusive com sérios embaraços pessoais com familiares do Lula, Rogério está sendo detonado pelos marqueteiros de Valmir e Fábio.

E logo virá também chumbo grosso e fogo pesado contra Fábio, já avisam as marquetagens dos seus dois principais adversários.

Assim, desse jeito duro, cruel e selvagem, as raposas mais espertam apenas se arranham e as cobras mais ferozes e também mais estúpidas se devoram umas às outras nesse terrível Butantã político.

Se essa guerra continuar assim, só vai sobreviver mesmo, como candidato a governador do estado, o intrépido e incorruptível senador Alessandro Vieira.

Some-se a tudo isso o fato que Alessandro, além de seus próprios méritos políticos, pode - como propagandeia sua assessoria de comunicação - vir a representar o grande ideal de mudança, eficiência e moralidade na gestão pública, o sentimento popular que aparece consistentemente nas pesquisas de opinião pública realizadas em Sergipe e em todo o país.

Olhem lá.

Não subestimem o potencial do senador Vieira.

Ele já surpreendeu uma vez e agora pode surpreender de novo.

Por que não?

*Pedro Valadares, jornalista