Bolsonaro se cala sobre assassinato de Agatha, de 8 anos, e exalta Exército

Publicado em 22/09/2019 as 10:08

Rompido politicamente com o governador Wilson Witzel no Rio de Janeiro, o presidente Jair Bolsonaro parece seguir aprovando a política de extermínio promovida no estado. Enquanto diversos parlamentares, políticos e ativistas denunciaram o assassinato da menina Agatha Félix, de 8 anos, vítima da Polícia Militar enquanto voltava para casa com sua família, o presidente da República se calou.

Durante todo o dia, diversas foram as manifestações contrárias ao episódio. Um ato foi realizado no Complexo do Alemão, onde Agatha foi morta, a hashtag #ACulpaEDoWitzel ganhou destaque nas redes sociais e uma manifestação em frente à ALERJ foi convocada para a próxima segunda-feira.

Bolsonaro não comentou sobre o episódio. Ele fez três postagens em suas rede sociais e, em uma delas, exalta o Exército. “O Exército sempre trabalhando também no fim de semana! Mais um serviço asfático em ritmo acelerado. Retirada de toda a camada antiga e deteriorada e aplicação de novo revestimento na revitalização de uma das regiões turísticas mais populares de Santa Catarina (Urubici)”, postou.

A morte de Agatha se soma às inúmeras outras, principalmente de negros e pobres moradores de comunidades, que vêm aumentando desde que Wilson Witzel assumiu como governador do Rio de Janeiro. Witzel é entusiasta de uma política de segurança agressiva, e causou polêmica ainda no ano passado, quando disse que a polícia sob seu comando vai “mirar na cabecinha e fogo”. Ele já chegou, inclusive, a lamentar por não poder disparar mísseis em comunidades do Rio.

*Revista Fórum