Grupo terrorista planeja matar Bolsonaro, diz Veja

Publicado em 19/07/2019 as 13:30

Matar o presidente Jair Bolsonaro é um dos principais objetivos de um grupo terrorista que já praticou atentados a bomba em Brasília e tem ligações internacionais. Pelo menos é isso que afirma a Veja em reportagem publicada nesta sexta-feira (19). A revista explica que, em entrevistas realizadas na deep web, um dos líderes brasileiros da Sociedade Secreta Silvestre (SSS) confirmou que Bolsonaro é um alvo da organização.


"Um ataque a Jair Bolsonaro será sempre uma possibilidade latente. [...] Estas pessoas do alto escalão não são intocáveis, só é preciso saber das vulnerabilidades", teria afirmado o líder brasileiro do SSS, organização que se apresenta como braço brasileiro do Individualistas que Tendem ao Selvagem (ITS) - grupo internacional que se diz ecoextremista e é investigada por promover ataques a políticos e empresários em vários países, inclusive contra uma senadora mexicana e o presidente de uma estatal chilena.

Autointituladoe de Anhangá - nome que quer dizer espírito que protege os animais em tupi-guarani -, o líder brasileiro da SSS ainda disse à Veja que esse plano existe porque, na visão da organização, "Bolsonaro e sua administração tem declarado guerra ao meio ambiente, a Amazônia especialmente, tem feito de órgãos que teoricamente deveriam proteger a natureza catapultas para negócios danosos, facilitadores de exploração mineira, madeireira, caças, agropecuária, etc".

Por conta disso, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, também é um alvo. "Salles é um cínico, e não descansará em paz, quando menos esperar, mesmo que saia do ministério que ocupa, a vez dele chegará. Aquele sujeito já chegou a adulterar documentos para beneficiar mineradoras. Tudo o que faz e declara é antagônico ao cargo que ocupa. É um lobo cuidando de um galinheiro", alegou o grupo, que também diz ter ameaçado a ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves. "[Ela] se tornou a cristã branca evangelizadora que prega o progresso e condena toda a ancestralidade. O eco-extremismo é extremamente incompatível com o que prega o seu ministério”, justifica Anhangá.

Posse
Ainda de acordo com a reportagem da Veja, a Sociedade Secreta Silvestre (SSS) planeja um atentado contra Jair Bolsonaro desde que ele foi eleito presidente. O ataque só não ocorreu na posse por conta do forte esquema de segurança montado para a ocasião. Segundo Anhangá, o grupo chegou a preparar explosivos e uma arma para atingir Bolsonaro, seus filhos e sua mulher na posse, mas desistiu por perceber que este seria um "atentado suicida".

"As pessoas pensam que estamos parados, mas estudamos semanalmente nossos alvos, e tentamos sempre adquirir explosivos e armas mais potentes. Se a oportunidade bate em nossa porta Bolsonaro acabará como Luis Donaldo Colosio (político mexicano, morto em atentado em 1994)", teria alertado, no entanto, Anhangá.

O líder da SSS não falou sobre o atentado sofrido a faca por Bolsonaro na campanha presidencial. Poucas horas antes de a matéria da Veja ser publicada, porém, o presidente fez uma alusão a esse fato em uma rede social. "O período em que nasci de novo", escreveu Bolsonaro, junto de uma ilustração em que ele aparece se recuperando do atentado no hospital. Veja:


*Congresso em Foco