Flávio Bolsonaro diz ser contra foro privilegiado: 'Mas não é escolha minha'

Publicado em 19/01/2019 as 15:52


O senador eleito e filho do presidente Jair Bolsonaro (PSL), Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), afirmou que não tinha alternativa a não ser recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o caso das movimentações financeiras atípicas de seu ex-assessor, Fabrício Queiroz, identificadas pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).

“Eu sou contra o foro, mas não é uma escolha minha. O foro é por prerrogativa de função. Então, querendo ou não querendo, eu tenho que entrar com o remédio legal no órgão competente. O STF é o único órgão que pode falar qual é o foro”, disse o senador eleito em entrevista à Rede Record na noite de ontem (18).

Poucas horas antes, o Jornal Nacional, da rede Globo, revelou que um outro relatório do Coaf mostra que Flávio Bolsonaro recebeu R$ 96 mil em sua conta bancária por meio de 48 depósitos de R$ 2 mil, feitos em cinco dias, entre junho e julho de 2017, originários de uma agência bancária dentro da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

Durante a semana, Flávio pediu ao STF para que suspendesse a investigação sobre as movimentações financeiras atípicas de seu ex-assessor, Fabrício Queiroz.

À reportagem da Record, Flavio Bolsonaro disse que não está se “escondendo” atrás do foro privilegiado, que não tem nada a esconder e que se sente “perseguido” por ser filho do presidente da República.

“Eu exijo, como qualquer cidadão desse país, que a lei valha para mim também, que a Constituição seja respeitada para mim também. Não é porque eu sou filho do presidente que eu tenho que ser alvo de um procedimento que não está respeitando a legalidade”.