Investigação sobre Queiroz apura lavagem de dinheiro e começou há seis meses

Ministério Público suspeita, ainda, de “ocultação de bens, direitos e valores”, no gabinete de Flávio Bolsonaro

Publicado em 19/01/2019 as 16:00

O caso Fabrício Queiroz, a cada dia, ganha novos contornos, que agravam ainda mais as situações tanto do ex-assessor quanto de Flávio Bolsonaro. A investigação sobre a movimentação financeira de Queiroz teve início há seis meses e tem como um de seus principais objetivos apuração sobre prática de lavagem de dinheiro ou “ocultação de bens, direitos e valores” no gabinete do filho do presidente, de acordo com informações de Constança Rezende, para O Estado de S.Paulo.

O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) abriu 22 procedimentos criminais no Legislativo do Rio de Janeiro, baseados em um relatório do órgão, que indicou movimentação atípica de funcionários e ex-funcionários da Alerj.

O documento foi elaborado por técnicos do Coaf em janeiro de 2018, e anexado aos autos da Operação Furna da Onça. Essa operação prendeu, em novembro do ano passado, dez deputados estaduais do Rio suspeitos de receberem propina.

Solicitação

Em 14 de dezembro, o promotor que investiga o caso solicitou que fossem requisitadas informações do Coaf sobre movimentações financeiras de Flávio, de 2007 até hoje. O pedido abrange movimentações de Queiroz e de mais sete funcionários e ex-funcionários do gabinete no mesmo período.

Os arquivos do MP comprovam, ainda, que a investigação sobre o relatório teve início antes da exoneração da filha de Queiroz, Nathalia, citada no documento, do gabinete do então deputado federal Jair Bolsonaro, em 15 de outubro.

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