Casos de violência mancham campanha de Bolsonaro

Publicado em 11/10/2018 as 08:43

No início desta semana, o baiano Paulo Sérgio Ferreira de Santana, 36 anos, assassinou com mais de dez facadas o mestre de capoeira e ativista cultural Romoaldo Rosário da Costa, 63, em um bar de Salvador. Paulo, já preso, confessou o crime, que teve motivação política – ele se diz eleitor de Jair Bolsonaro (PSL), que disputará a presidência da República com Fernando Haddad (PT), no próximo dia 28. Antes de ser assassinado, Moa do Katendê, como Romoaldo era conhecido, defendeu o petista diante de seu algoz.

Do Norte para o Sul. Em Porto Alegre (RS), uma mulher foi à polícia registrar ocorrência por ter sido “tatuada” com um canivete por três agressores – o desenho de sangue, feito em sua barriga, foi uma suástica, o símbolo do nazismo (foto abaixo). Com 19 anos, ela usava uma camiseta com a hashtag #EleNão, que marcou manifestações no Brasil e no mundo contra Bolsonaro em 29 de setembro, quando foi atacada pelos neonazistas.

“Esse ato homofóbico foi feito com o objetivo de intimidá-la. Ela foi atingida física e emocionalmente. Existe aí um óbvio contexto político subentendido”, relatou à BBC Brasil Gabriela Souza, advogada da vítima, que não terá o nome revelado por razões de segurança. A defensora lembra que a camiseta de sua cliente também exibia um arco-íris, símbolo LGBT, no momento da agressão.