Prefeitura intensifica fiscalização e eleva índices positivos da Vigilância Sanitária em Aracaju

Publicado em 15/11/2018 as 17:31

Ao contrário do que muita gente pensa, a Vigilância Sanitária não existe apenas para punir os donos de estabelecimentos comerciais. Prova disto é que, em Aracaju, a Vigilância, que fica sob responsabilidade da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), tem feito um trabalho de cunho pedagógico em muitos locais, sobretudo nos bairros mais periféricos da cidade, com o intuito de instruir os comerciantes a melhorarem suas práticas cotidianas com o foco num serviço mais eficiente para o público, além de mais seguro e saudável.

Assim, desde o ano passado, a Vigilância Sanitária de Aracaju tem aumentado a intensidade das inspeções, mas, a partir de julho deste ano, as vistorias têm crescido e foi formalizado um mapeamento dos estabelecimentos. “A gente começou a fazer um trabalho diferenciado em julho desse ano, que foi o mapeamento de risco sanitário nos bairros. Os fiscais estão fazendo busca ativa nos bairros, identificando os locais onde há a produção e alimentos ou outros serviços e fazendo o trabalho de orientação para diminuir os riscos sanitários. Então, estão sendo visitadas academias, salões de beleza, escolas e comércios de alimentos nos bairros. Tem sido feita uma abordagem diferenciada, orientando, conversando, encaminhado essas pessoas para a Fundat para se regularizarem, se formarem como MEI, por exemplo”, destacou a gerente de Ações Estratégicas da SMS, Jacklene Andrade.

Fazendo uma comparação do período entre janeiro e setembro, no ano passado foram feitas 5.955 inspeções, já neste ano, no mesmo período, foram realizadas 7.987, o que representa um aumento de 34% nas vistorias. “O trabalho de inspeção já vinha crescendo desde o ano passado, mas, com a intensificação, os resultados têm sido muito satisfatórios. Isso quer dizer que quanto mais a Vigilância Sanitária inspeciona, mais gente está sendo protegida. As pessoas costumam pensar que o trabalho é só de punição, mas, não. Existem empresas que têm um alto risco sanitário e nesses locais somos um pouco mais rígidos, mais exigentes porque a aquele serviço está colocando em risco a população diretamente, e é um risco elevado. Quando a gente vai para o comércio mais informal ou para as atividades de baixo risco sanitário, fazemos uma abordagem diferenciada, com caráter pedagógico”, explicou a gerente.

Mapeamento

Até o momento, já foram mapeados estabelecimentos dos bairros Farolândia, São Conrado, Santos Dumont, Bugio e Santa Maria. O Bairro Industrial e o Santo Antônio também já passaram pelo mapeamento, entretanto, os dados ainda estão sendo consolidados. De acordo com Jacklene Andrade, em decorrência desse mapeamento, verificou-se um aumento no cadastro de empresas. “O objetivo da ação é ter uma maior controle dos estabelecimentos e, consequentemente, poder agir de maneira mais eficaz na prevenção de danos à saúde da população. De julho a setembro de 2017, estavam cadastradas 269 empresas. No mesmo período deste ano, já são 552, o que equivale a um crescimento de 105% comparando um ano ao outro. Para o município isso é muito significativo porque essas empresas agora vão fazer parte de uma rotina de inspeção”, destacou.

A gerente de Ações Estratégicas frisou ainda que o aumento de cadastro foi maior no setor de alimentos. “Isso é muito importe. Alimento é uma coisa que a gente consome todos os dias e, apesar da maioria das atividades relacionada a alimentos serem consideradas de baixo risco, as pessoas (a maioria delas) não ficam sem comer. Você não vai à farmácia todos os dias e nem vai ao salão de beleza todos os dias, mas você come todos os dias. Pra gente, cuidar dessas empresas e fazer com que elas entendam que aquele alimento precisa estar seguro é essencial”, ressaltou.

Jacklene afirmou também que a participação dos consumidores e clientes se faz necessária. “Algumas pessoas têm noção do que é nocivo à saúde delas dentro de um estabelecimento, por isso, justamente para que possamos reforçar ainda mais inspeções, contamos com o apoio da população, que pode fazer denúncias e reclamações para a Secretaria da Saúde”, completou.

A população podem entrar em contato através dos números (79) 3179-5078 /76/74/73 ou por meio da Ouvidoria (156).