Coronavírus: Trump estuda barrar voos do Brasil

Publicado em 01/04/2020 as 01:24

O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou nesta quarta-feira (31) que está considerando impedir voos do Brasil para o país como parte das medidas de contenção da pandemia de coronavírus.

Trump apresentou hoje uma previsão de entre 100 e 200 mil mortes, com as medidas de isolamento e contenção (mais de R$ 1 milhão sem as medidas). O presidente prolongou restrições de circulação até 30 de abril e afirmou que o isolamento e o encerramento de atividades de trabalho “é a única alternativa, uma questão de vida ou morte”.

‌Na coletiva realizada depois desta apresentação, um repórter perguntou se Trump pretende adotar novas restrições de viagem, destacando o Brasil e as recentes declarações do presidente Jair Bolsonaro contra o isolamento e a paralização de setores da economia.

“Estamos observando muitos países e suas posições. O Brasil, por exemplo, você mencionou o presidente… O Brasil não tinha problemas até pouco tempo atrás. Agora estão com números subindo. E, sim, estamos pensando em um veto”, disse Trump. O presidente não deu detalhes de quando será tomada uma decisão e não respondeu se outros países também serão adicionados na lista de bloqueios.

‌Até o momento, os EUA já proibiram a entrada de voos de mais de 30 países, incluindo toda a área de livre circulação da Europa, Reino Unido e Irlanda. Passageiros que tenham passado por China ou Irã nos últimos 14 dias não podem entrar. Fronteiras terrestres com Canadá e México estão fechadas para viagens não essenciais.

‌Bolsonaro é conhecido por sua adoração e subserviência constante ao presidente Donald Trump. No início da pandemia, o líder estadunidense também chegou a minimizar riscos e manifestar objeção a uma parada prolongada e ampla da economia. Hoje, os EUA são o país do mundo com o maior número de casos e de mortes por coronavírus.

‌Trump mudou posições e discurso, seguindo recomendações das autoridades de saúde. Bolsonaro ainda insiste em subestimar a gravidade da pandemia e apostar em soluções sem embasamento científico, como isolamento seletivo e remédios não testados.


*Revista Fórum