População colabora com manutenção da limpeza e descarte regular do lixo

Publicado em 11/12/2018 as 11:53

Uma cidade não é feita apenas pela administração pública. Antes de qualquer atitude dela, e até mesmo depois, é através da população que toda medida tem manutenção. Um dos exemplos disso é a limpeza pública. Mesmo que a gestão municipal faça o seu trabalho, sem a colaboração dos moradores, os efeitos não poderão ser sentidos. Em Aracaju, a Prefeitura, por meio da Empresa Municipal de Serviço Urbanos (Emsurb), desenvolve diariamente uma programação com diversos serviços e conta com a população para fazer com que essas ações se prolonguem.

Nessa perspectiva, existe o que se pode chamar de modelo de cidadão, aquela pessoa que procura fazer mais do que o trivial e se torna uma verdadeira colaboradora da gestão pública. O exercício dessas atividades colaborativas, em grande parte das vezes, consegue contagiar outras pessoas, a exemplo de vizinhos e familiares que, inspirados pelas boas práticas, passam a agir, também, de maneira a ajudar a Prefeitura a manter a cidade limpa e organizada.

Dona Zuleide Aparecida da Silva é dona de uma borracharia na zona Norte de Aracaju, é do tipo de gente que procura fazer a sua parte e acredita que não está fazendo nada mais do que a obrigação. É comum, em seu ramo de trabalho, encontrar locais que não fazem o devido descarte dos pneus inutilizados, mas, na borracharia de dona Zuleide, o processo é diferente. "Quando o pneu não serve mais, costumo até cortar para que não tenha espaço para acumular água. Além disso, pelo menos duas vezes por semana, uma empresa passa aqui e leva os pneus. Me preocupo muito em como proceder da melhor forma e chego a brigar com vizinho para que cuide melhor do seu espaço, principalmente da limpeza e de não deixar água parada. Se eu deixar qualquer recipiente com água, depois vem um mosquito, põe os ovos e as pessoas podem ficar doentes por causa de um erro meu, então, sempre digo isso a ele", frisou.

Em outra borracharia da cidade, o empresário Paulo Melo também tem consciência de algumas atitudes que deve tomar para ajudar a preservar o meio ambiente e também evitar doenças. "Separo todos os pneus que não servem num espaço fechado e entrego a uma empresa que passa por aqui recolhendo. Não deixo nada exposto no tempo por causa do mosquito e também não descarto em qualquer lugar. Tenho alguns cuidados na borracharia, mas também em minha casa, afinal, não adianta só fazer por aqui e não levar para os outros espaços", afirmou.

Muitas lições simples aplicadas no dia a dia podem fazer uma diferença significante quando a população decide ser multiplicadora de boas práticas. Alguns cuidados como colocar o lixo na porta de casa somente no dia da coleta, não deixar água parada, descartar os resíduos em locais apropriados, por exemplo, deveriam ser via de regra. Mesmo sendo uma obrigação da administração pública cuidar da limpeza e manutenção da cidade, a população deve fazer a lição de casa, afinal, a cidade é feita para ela e por ela também.

Dona Hildete Almeida mora sozinha com o marido em uma casa no bairro José Conrado de Araújo. Ela conhece bem o serviço do Cata-treco e já viu algumas vezes o caminhão passar pelo local em que mora. Ainda assim, quando quis se desfazer de um guarda-roupa velho, em vez de jogá-lo em qualquer lugar, procurou saber como acionar o serviço da Prefeitura e conseguiu o número para solicitar o recolhimento do móvel. "Me preocupo se o que estou fazendo é correto, não só para mim, mas também para as outras pessoas. Quando precisei chamar o Cata-treco, o caminhão veio no mesmo dia que eu chamei e foi ótimo. Na minha casa, tento contribuir e, inclusive, faço a coleta seletiva", comentou.

Na zona Sul de Aracaju, um dos colaboradores é o senhor Ravinel Alcântara. Para tentar se desfazer de um móvel antigo, até chegou a pensar em chamar um carroceiro, mas, teve receio de onde ele iria descartar. "Antes de me aposentar, integrei a equipe de Meio Ambiente da empresa em que trabalhava, acabei tendo um pouco mais de noção do que poderia fazer para contribuir mais. Quando precisei me desfazer do móvel, soube que o Cata-treco passa na residência mesmo fora da programação diária do serviço. No mesmo dia que solicitei, fui atendido", contou.