'Um Quê de Negritude' completa 11 anos com espetáculo Omió-Omiró

Publicado em 07/11/2017 as 20:25
O Grupo Um Quê de Negritude, projeto iniciado no Colégio Estadual Atheneu Sergipense, está completando 11 anos de apresentações. E, para comemorar a data, realizará o espetáculo Omió-Omiró, no Teatro Tobias Barreto, em Aracaju, nos dias 20 e 21 de novembro. Na primeira data o grupo se apresentará às 14h, cuja entrada será aberta para as escolas da rede estadual de ensino. Já no dia 21, a apresentação será para os alunos do Colégio Atheneu e convidados, a partir das 18h.
 
O grupo foi idealizado e é coordenado pela professora Clélia Ramos e visa desenvolver junto ao alunado da rede estadual de ensino um mergulho na história da África, não só no campo teórico mais no campo prático, através das mais variadas interpretações da cultura africana. Clélia Ramos explicou que o professor que quiser levar seus alunos para assistir deve se dirigir à Diretoria de Educação de Aracaju (DEA) para se inscrever.
 
De acordo com a idealizadora, que é a produtora do espetáculo, a peça Omió-Omiró retrata as águas como elementos purificadores da vida, e aborda também as religiões africanas e indígenas. A coreografia é de responsabilidade do coreógrafo Adriano Matos. Participarão da encenação cerca de 80 alunos.
 
São 11 anos que o grupo trabalha em apresentações tendo em vista a lei 10.639/03, que trata da obrigatoriedade de se ensinar a História da África nas escolas brasileiras, e a lei 11.645/08, que obriga o ensino da cultura indígena.
 
"Os alunos ficam envaidecidos retratando a cultura africana e indígena. Eles se identificam e a autoestima deles aumenta bastante. É muito bonito e gratificante vê-los aprender que as religiões afro e indígenas existem e que devem ser respeitadas", afirmou Clélia Ramos.
 
Um Quê de Negritude
 
O grupo Um Quê de Negritude tem como objetivo divulgar a cultura afro-brasileira através da dança e promover reflexões sobre o racismo e o preconceito racial na atualidade.Fruto de uma ideia original da professora Clélia Ferreira Ramos, do Colégio Estadual Atheneu Sergipense, com base em um projeto fundamentado na obrigatoriedade do ensino de História da África nas escolas brasileiras, lastreado pelas leis N° 10.639/ 03, promulgada pelo governo federal e a de n° 5.497/04 do governo do Estado de Sergipe.
 
O grupo já ganhou o troféu do Encontro Cultural de Santo Amaro das Brotas (SE), e foi indicado para representar o Brasil em um encontro de Cultura Africana no Senegal.