Pablo Marçal pode ser investigado por abuso de poder econômico

Publicado em 23/07/2024 as 21:01

O diretório do PSB na cidade de São Paulo abriu uma representação junto ao Ministério Público Eleitoral (MPE) pedindo que seja aberto um inquérito contra Pablo Marçal, pré-candidato à Prefeitura pelo PRTB de Levy Fidelix, por conta de uma espécie de ‘gabinete do ódio’ supostamente montado pelo coach, em que seguidores distribuiriam milhares de cortes diários dos seus vídeos pelas redes sociais. A medida vem após semanas em que Marçal tem trocado farpas com Tabata Amaral, a candidata da legenda.

A prática foi revelada na imprensa em junho. O partido de Tabata Amaral argumenta que Marçal estaria cometendo abuso de poder econômico e uso indevido dos meios de comunicação. O principal ponto é o incentivo financeiro aos seguidores para a multiplicação do conteúdo.

O PSB pede que o MP faça um levantamento dos perfis que difundem os vídeos de Marçal. O objetivo é reunir dados acerca dos donos desses perfis, quantos são os replicadores, o volume de peças divulgadas e seus conteúdos. A tese é de que Marçal usaria das suas empresas e atividade como coach para driblar regras de financiamento de campanha.

A criação de um batalhão ou exército de influenciadores repetidores de conteúdo, remunerados pelo candidato ou suas empresas e reunidos pelo uso de um sistema informatizado ou um aplicativo amplifica artificialmente o alcance de Pablo Marçal, driblando a funcionalidade do algoritmo das redes sociais (que se aplicam aos adversários, mas não a Marçal) para lhe colocar em posição artificial de vantagem, o que não se pode admitir”, diz o PSB.