As investigações sobre os sites de apostas chegaram em Neymar e Felipe Neto. A Justiça do Rio de Janeiro determinou que os dois, além de outros influenciadores, mostrem seus contratos firmados com a empresa de apostas Blaze.

A decisão foi publicada pela 5ª Vara Cível da Regional da Leopoldina. O processo foi aberto por Erick Paiva, um desempregado do Rio, que afirma ter perdido tudo apostando na plataforma.

A Justiça estabeleceu prazo de 15 dias para que Neymar, Felipe Neto e outros influenciadores exibam a documentação. Em contrapartida, negou, pelo menos por enquanto, o pedido de exibição dos extratos de suas contas digitais.

O autor da ação alegou que a Blaze promove ganhos extraordinários em suas plataformas, com vídeos e divulgações feitas por influenciadores. A questão é que, segundo Paiva, o esquema apresenta como certa a obtenção de uma renda extra colocando dinheiro nos jogos.

Ele disse, ainda, que, depois de assistir vídeos divulgados por Neymar, Felipe Neto e outros influenciadores, resolveu colocar R$ 62 mil, que seriam suas economias da vida toda, para apostar na Blaze.

Porém, começou a perder todo o capital investido. Segundo ele, isso se mostrou bem diferente do que era divulgado pelos influenciadores, que mostravam ganhar significativas quantias de dinheiro na plataforma.

Os advogados de Paiva afirmaram que ele se viu movido pelo alto grau de ganho e confiabilidade passado pelos influenciadores, que cederam sua imagem, afeição e aceitação para gerar nele e no público uma sensação de confiança e satisfação.

No processo, foram anexados prints de posts de Neymar, Felipe Neto e outros influenciadores com o objetivo de comprovar a tese, de acordo com informações da coluna de Diego Garcia, no UOL.

O autor do processo pediu Justiça gratuita, pois declarou não ter condições financeiras de arcar com as custas. Além disso, solicitou indenização de R$ 1 milhão.

Bloqueio da Blazer

Em 2023, a Justiça de São Paulo havia bloqueado R$ 101 milhões da Blaze. A polícia deu início à investigação, segundo informações do Fantástico, da Globo, depois que apostadores denunciaram que prêmios mais altos não eram pagos pela plataforma, o que leva à suspeita de estelionato. A empresa não tem sede nem representantes legais no Brasil.