Mulher denunciada por atacar casal gay é uma das presas por atos terroristas

Publicado em 23/01/2023 as 08:52

Depois de atacar um casal gay em uma clínica veterinária, em Birigui (SP), uma mulher foi denunciada à Justiça em 2020. Pouco mais de dois anos depois, ela aparece na lista de golpistas bolsonaristas presos depois dos atos terroristas no dia 8 de janeiro, em Brasília.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu, nesta quinta-feira (19), converter a prisão em flagrante em preventiva de 740 pessoas envolvida nos ataques às sedes dos Três Poderes.

Entre os presos, aparece Luzilene Martins de Sá Pompeu. Ela está na Penitenciária Feminina do Distrito Federal, conhecida como Colmeia, e foi detida no dia 8, de acordo com o UOL.

Moraes justificou a manutenção da prisão ao considerar que existem provas da participação efetiva em “organização criminosa que atuou para tentar desestabilizar as instituições republicanas”.

O gabinete do ministro informou que ele “considerou que as condutas foram ilícitas e gravíssimas, com intuito de, por meio de violência e grave ameaça, coagir e impedir o exercício dos poderes constitucionais constituídos”.

Mulher disse que casal gay “não é de Deus”
Luzilene Martins de Sá Pompeu foi filmada, no dia 25 de setembro de 2020, ofendendo o casal Guilherme Franceschini Simoso e Eric Cordeiro Cavaca, em uma clínica veterinária no município de Birigui, interior de São Paulo.

As imagens mostram o momento em que a mulher chega perto para atacar o casal. Ela é filmada dizendo que ser gay “não é de Deus”.

“Olha aqui. Estou falando que é homem com mulher. Não é homem com homem e mulher com mulher. Está ouvindo? Isso não é de Deus. Isso não é de Deus”, gritava.

Guilherme, uma das vítimas, disse que as ofensas tiveram início antes da gravação: “Ela já entrou no petshop falando alto. Ela falava sobre Deus e outros assuntos. Quando ela nos viu, do outro lado da loja, começou a menosprezar os gays em tom alto e olhando para a gente. Foi aí que meu namorado disse que isso era crime e ela veio para cima da gente gritando, e falando tudo o que ela falou no vídeo”, disse, em entrevista ao UOL, na época.


*REVISTA FÓRUM