CPI da Covid chega à sétima semana sob incertezas e batalhas no STF

Publicado em 15/06/2021 as 10:01

A sétima semana da CPI da Covid traz, pela primeira vez, figuras ligadas à administração estadual no combate à pandemia, incluindo um ex-governador. Apesar dos esforços da comissão em manter os trabalhos, uma nova frente de disputas se abre, desta vez no Supremo Tribunal Federal (STF), que começa a decidir, de maneiras diferentes, a possibilidade de quebra de sigilos de alguns dos investigados pelos senadores.

Enquanto isso, um dos convidados está sumido, e é procurado pelos senadores até no YouTube.

Nesta terça-feira, a CPI irá interrogar Marcellus Campêlo, secretário de Saúde do Amazonas. O nome de Marcellus está intimamente ligado à crise que o estado enfrentou no início do ano, quando a falta de insumos como oxigênio agravou a pandemia de covid-19 no estado e abriu uma segunda onda de infecções no país. Campêlo, ao contrário do seu superior, o governador Wilson Lima (PSC), não contou com decisão do STF permitindo que ele não comparecesse.

Na quarta, será a vez de Wilson Witzel, primeiro governador afastado do cargo por um processo de impeachment. O afastamento dele se deu, dentre outros motivos, pela condenação em um esquema de desvios de recursos públicos da saúde. Witzel, que se elegeu na onda bolsonarista de 2018, colando o seu nome colado ao da família presidencial, deverá também explicar quais ações conduziu para combater a pandemia no estado.

Enquanto isso, o empresário Carlos Wizard Martins está há semanas entre os possíveis nomes para serem ouvidos pela CPI. No entanto, Wizard – que seria parte de um gabinete paralelo montado para auxiliar o presidente Jair Bolsonaro a tomar decisões anticientíficas contra a doença – não é encontrado há semanas pelos agentes do Senado. Nesta segunda-feira (14), quando começaram os debates sobre uma possível condução coercitiva, os advogados de Wizard disseram que ele se encontra fora do Brasil.

*Congresso em Foco