A Igreja Universal do Reino de Deus, presidida pelo bispo Edir Macedo, entrou com uma denúncia no Twitter e conseguiu derrubar um vídeo compartilhado pela escritora Clara Averbuck sobre o projeto Universal nas Forças Policiais (UFP). A gravação foi produzida pela própria Universal e pode ser acessada em perfis oficiais da instituição.

A denúncia contra a publicação da escritora cita violação aos direitos autorais do vídeo e diz que imagens se referem a uma “reunião particular exclusiva para membros”. No processo de censura, a rede social informa ainda que uma próxima notificação poderá bloquear o perfil de Averbuck.

“Este vídeo foi gravado por equipe própria de filmagem (Igreja Universal) em um ambiente privado (Igreja Universal Av. João Dias). Evento Idealizado por Bispo Edir Macedo para reunião particular exclusiva para membros e espectadores. solicitamos que o retirem de circulação. O Usuário está usando a imagem do mesmo sem autorização indevidamente violando os direitos autorais acima especificados”, diz a denúncia, assinada por João Santos.

Para a escritora, a igreja pode ter reprovado mais o título da publicação do que o uso do vídeo em si. Ao compartilhar as imagens, Averbuck se referiu ao projeto como “exército da Universal“.

“Claramente o projeto de poder dos fundamentalistas religiosos da Universal não poderia deixar de apelar para a censura. Acredito que eles tenham se incomodado mais com o título do post, falando da milícia de Cristo, do que com a publicação do vídeo, que está publicado na página deles do facebook”, afirma. “Não seremos intimidados por esses salafrários”, completa.

As imagens mostram policiais em cultos na igreja em meio a uma narração que diz: “autoridades brasileiras à mercê dos perigos da profissão e dos problemas sociais e emocionais. Essa é a rotina difícil que pode levar muitos à depressão, ao desejo de suicídio, à ansiedade, ao medo e a tantos outros males. Pensando nisso é que foi criado o UFP, Universal nas Forças Policiais”.

*Revista Fórum