Quadrilheiros, pseudônimos e a velha revolução

Por: Edvar Freire Caetano

Publicado em 02/05/2017 as 23:32

Recentemente, escrevi matéria para este site onde apresentei uma lista, colhida de informativo eletrônico público, na internet, com os apelidos de todos os envolvidos em denúncias de participação no golpe repetido que já desviou muitos bilhões de dólares dos cofres públicos.

Gigantes da economia estatal brasileira foram sistematicamente espoliados dessa fortuna, durante mais de 10 anos, só nesta fase investigada, tamanha é a ganância de empresários e políticos que formam o desastroso cenário da cúpula “pensante” nacional.

Essa malsinada quadrilha não mede esforços e não tem qualquer resquício de escrúpulos, permea todos os grandes, e alguns pequenos, partidos políticos, grassam pelas altas cortes de controle de contas e de justiça, e atuam como verdadeiros abutres descarnando o já esquelético corpo do Brasil.

Os apelidos são pejorativos e mostram, por um lado, a decadência moral dos políticos; e, por outro, facetas de uma organização facista, quando, no dizer de Hitler, os empresários ficam de joelhos perante o estado e a população se contenta mendigando os restos do banquete do próprio estado, levada a acreditar que o seu grande dia está vindo.

Esquálido, Feia, Decrépito, Abelha, Amante, Fodão, Aspirina, Avião, Baixada, Barrigudo, Viagra, Trincaferro... Existe algo mais decadente do que ver a “elite política nacional” ser tratada como reles subclasse no interior de uma organização criminosa?

O ex-ministro Elizeu Padilha é, disparado, o vive-campeão da decadência moral, atendendo por quatro apelidos: Angorá, Primo, Bicuíra ou Fodão. Perde, entretanto para Júlio Lopes, deputado federal (PP-RJ) que detém cinco apelidos - Bonitão, Pavão, Bonitinho, Velho e, vejam só, Casa de Doido (Veja a relação completa neste site). 

Tentando encobrir este mar de lama, o staf da gangue cria reformas que têm, por si só, e de forma inequívoca, o malsinado objetivo de desviar a atenção das massas para o verdadeiro tumor que está matando o Brasil: a corrupção.

Assim, enquanto o país é “subtraído em tenebrosas transações”, o populacho vai às ruas brandindo bandeiras vermelhas, sem ter consciência de que permanece como sempre foi: massa de manobra de líderes convertidos à religião socialista, ainda em busca da idílica Revolução.




Edvar Freire Caetano

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